Meados
de 2012, quando começaram a abrir um enorme buraco nas imediações da sua casa,
o morador João Silva, 45 anos, não acreditava no que estava presenciando.
"Foram anos ouvindo que a ponte iria sair", disse. Do quintal de
casa, antes de ir trabalhar dava uma olhada na movimentação. "Mais
interessante foi ver a obra quando estava dentro da água. Aquela movimentação
de balsas cheias de caminhões", lembra ele.
No
final da noite, no encontro com amigos no bar da esquina, até hoje a conversa é
ponte Anita Garibaldi. Também gostam de lembrar das amizades que fizeram com os
trabalhadores mineiros e nordestinos, operários da ponte. "Eles reclamaram
muito do frio e diziam que o vento sul era coisa de Laguna".
Por
várias gerações, as histórias e personagens envolvendo a ponte serão narradas
pelos moradores que presenciaram as transformações.
O
motorista aposentado Rogério Batista, 57 anos, de bicicleta, quando o tempo e
as pernas ajudavam, saia de casa na localidade de Pontinhas de Laranjeiras,
entre a BR 101 e a lagoa Santo Antônio, para acompanhar a obra. "Ela ficou
muito bonita", conta.
Bela
e grandiosa, a ponte que desafogará o trecho sul da 101 é solução também para
quem mora ou trabalha nas redondezas das cabeceiras. Os moradores irão
utilizar a antiga ponte e pista para o deslocamento sem precisar passar pelo
fluxo da BR-101.
"Rapidinho
vou até Cabeçuda e volto com mais segurança", conta seu Rogério, que mora
do lado sul da ponte. Mais antes, ele quer passar com a família pela nova
ponte.
Fonte:
Gisele Elis - Taís Sutero
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