Em 2014 foram enterradas duas toneladas de peixes mortos na Lagoa da Bomba. Hoje pode ter mais.

 Em fevereiro de 2014, a jornalista Silvia Zarbato, denunciou no Jornal A Notícia, que a falta de oxigênio na Lagoa da Bomba deve ter provocado a mortandade de duas tonelas de peixe e que a água havia sido coletada para análise. Segundo o texto que segue.

Aproximadamente duas toneladas de peixes mortos foram encontradas na quarta-feira, na Lagoa da Bomba, em Imbituba, Sul do Estado. A lagoa está situada entre o centro da cidade e o bairro Paes Leme. Várias espécies de peixes, entre elas tainha, tilápia, cará e robalo amanheceram na beira do manancial. A Fundação de Meio Ambiente (Fatma) de Tubarão e a Polícia Ambiental de Laguna foram acionados. 

Ontem os técnicos estiveram no local fazendo a coleta da água da lagoa. Segundo o diretor da Fatma de Tubarão, Sidnei Galvani, a falta de oxigênio na água pode ter provocado a mortandade dos peixes. "Aquela lagoa recebe uma grande quantidade de carga orgânica dos bairros próximos", declarou. As amostras da água já foram enviadas ao laboratório de análises clínicas da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) de Tubarão. Dentro de dez dias o resultado deve ser divulgado. Como os técnicos da Fatma coletaram apenas amostras da água, o vereador de Imbituba, Evaldo Spezzin (PT), ficou encarregado de congelar alguns peixes para que sejam feitos exames a fim de saber a causa da morte. "Os técnicos da Fatma informaram que o laboratório da Unisul ainda não está em atividade para realizar tal análise. Estão realizando exames somente das águas. Vamos encaminhar os peixes a outro laboratório para saber o que ocorreu", declarou.

Degradação ambiental

Segundo informações de um dos integrantes da organização não-governamental Anjos do Tempo, o recém falecido Ademir Rosa da Costa, antigamente os moradores pegavam água da lagoa, que é doce, para o consumo. 

Com o passar do tempo, a cidade foi se desenvolvendo, a população cresceu e aos poucos a lagoa foi servindo de depósito de esgotos. "Não é comum acontecer isso em Imbituba", Disse na ocasião Ademir. O diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de Imbituba, na época, Jailson Ribeiro Teixeira, assim como a Fatma, também acredita que o depósito de matéria orgânica ocasionou a falta de oxigênio e, por conseqüência, a mortandade, já que o manancial não é muito grande. Mas alertou que se o resultado do exame mostrar que houve poluição da água com outros produtos provenientes de empresas ou outros materiais, os responsáveis serão descobertos, notificados e responderão por crime ambiental, afirmou na época Jailson.


NB: De lá para cá, passaram-se praticamente 18 meses e a Lagoa da Bomba continua sem nenhuma proteção, está tomada de aguapé, os peixes com falta de oxigênio e aumentando o número de mortandade, conforme mostram as fotos. As imagens que aparecem os peixes mortos são da vala que desaguam na Lagoa da Bomba, as águas da chuvas que descem pela Avenida Santa Catarina.
Fotos/divulgação.

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