Aproximadamente duas
toneladas de peixes mortos foram encontradas na quarta-feira, na Lagoa da
Bomba, em Imbituba, Sul do Estado. A lagoa está situada entre o centro da
cidade e o bairro Paes Leme. Várias espécies de peixes, entre elas tainha, tilápia,
cará e robalo amanheceram na beira do manancial. A Fundação de Meio Ambiente
(Fatma) de Tubarão e a Polícia Ambiental de Laguna foram acionados.
Ontem os
técnicos estiveram no local fazendo a coleta da água da lagoa. Segundo o
diretor da Fatma de Tubarão, Sidnei Galvani, a falta de oxigênio na água pode
ter provocado a mortandade dos peixes. "Aquela lagoa recebe uma grande
quantidade de carga orgânica dos bairros próximos", declarou. As amostras
da água já foram enviadas ao laboratório de análises clínicas da Universidade
do Sul de Santa Catarina (Unisul) de Tubarão. Dentro de dez dias o resultado
deve ser divulgado. Como os técnicos da Fatma coletaram apenas amostras da
água, o vereador de Imbituba, Evaldo Spezzin (PT), ficou encarregado de
congelar alguns peixes para que sejam feitos exames a fim de saber a causa da
morte. "Os técnicos da Fatma informaram que o laboratório da Unisul ainda
não está em atividade para realizar tal análise. Estão realizando exames
somente das águas. Vamos encaminhar os peixes a outro laboratório para saber o
que ocorreu", declarou.
Degradação
ambiental
Segundo
informações de um dos integrantes da organização não-governamental Anjos do
Tempo, o recém falecido Ademir Rosa da Costa, antigamente os moradores pegavam
água da lagoa, que é doce, para o consumo.
Com o passar do tempo, a cidade foi
se desenvolvendo, a população cresceu e aos poucos a lagoa foi servindo de
depósito de esgotos. "Não é comum acontecer isso em Imbituba", Disse
na ocasião Ademir. O diretor de Meio Ambiente da Prefeitura de Imbituba, na
época, Jailson Ribeiro Teixeira, assim como a Fatma, também acredita que o
depósito de matéria orgânica ocasionou a falta de oxigênio e, por conseqüência,
a mortandade, já que o manancial não é muito grande. Mas alertou que se o
resultado do exame mostrar que houve poluição da água com outros produtos
provenientes de empresas ou outros materiais, os responsáveis serão
descobertos, notificados e responderão por crime ambiental, afirmou na época Jailson.
NB:
De lá para cá, passaram-se praticamente 18 meses e a Lagoa da Bomba continua
sem nenhuma proteção, está tomada de aguapé, os peixes com falta de oxigênio e
aumentando o número de mortandade, conforme mostram as fotos. As imagens que
aparecem os peixes mortos são da vala que desaguam na Lagoa da Bomba, as águas da chuvas que descem pela Avenida Santa Catarina.
Fotos/divulgação.
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