A Federação das Associações Empresariais de Santa
Catarina também comemora com a sociedade catarinense a inauguração da Ponte
Anita Garibaldi em Laguna. Considerado um marco para a história catarinense, a
inauguração da Ponte promete resolver um dos piores gargalos do desenvolvimento
da região Sul. Agente promotora do desenvolvimento sustentável, a Facisc lutou
para que a obra saísse do papel. Antes mesmo do projeto, a Federação lançou em
2002 uma campanha pela duplicação da BR 101. Nos anos seguintes, a ponte sempre
esteve entre os anseios da classe empresarial e nas constantes reuniões
realizadas pela Federação aqui no Estado e em Brasília.
A conclusão da ponte foi tema de inúmeras moções
encaminhadas pelas associações empresariais do Sul e Extremo Sul do Estado para
que a Facisc intervisse junto aos órgãos competentes. Para o vice-presidente
regional da Facisc para o Sul, Carlos Becker Fornazza, a inauguração da Ponte
Anita Garibaldi acaba com um dos maiores gargalos logísticos da região Sul. São
20 anos esperando por esse momento e a expectativa é que com a conclusão da
obra, que inclui ainda o túnel do Formigão, o gargalo será totalmente
eliminado. "Este fato ligado ao novo momento que passa o Porto de Imbituba
e ao aeroporto de Jaguaruna deverá alavancar o desenvolvimento de toda a região
que, segundo pesquisas, perdeu nos últimos 20 anos cerca de 40 bilhões de
investimentos de empresas que deixaram de vir para a região em virtude
das dificuldades logísticas",
anseia.
O vice-presidente da entidade, André Gaidzinski,
afirma que a conclusão da Ponte Anita Garibaldi proporcionará inúmeros
benefícios para toda a cadeia produtiva, entre eles, melhorias no fluxo e na
segurança do trânsito. "Finalmente depois de tanto tempo esta etapa é
concluída. Para a região Sul contribuirá para o desenvolvimento ampliando
a circulação no litoral sul brasileiro. Porém, infelizmente já são 20 anos do
início da obra de duplicação da rodovia, que por irresponsabilidades
governamentais ainda não foi totalmente concluída".
Fornazza acredita que a conclusão das obras trará
melhorarias para o turismo no litoral Sul, já que a expectativa é de reduzir as
filas já na próxima temporada. "Além disso, temos um novo cartão postal do
Sul".
O presidente da Federação, Ernesto Reck, explica que
a infraestrutura é o principal gargalo para o crescimento da economia
catarinense. "Isto é fato e está comprovado no documento Voz Única, e é
reivindicado pela maioria dos empresários de todas as regiões de nosso
Estado". Ele analisa que a ponte que vem suprir a deficiência de uma
região e considera o papel das associações empresariais da região Sul e Extremo
Sul primordial para a finalização da obra. "Parabéns para o associativismo
da região pelo envolvimento para que a reivindicação fosse atendida". Reck
vê o prazo do término da ponte como um retrato do que acontece em todo o
Brasil. "Infelizmente as ações do governo no que tange à infraestrutura
são extremamente lentas, o que vem prejudicando a classe empresarial no
desenvolvimento econômico, causando prejuízos ao crescimento de nosso Estado e
em especial de nossos empresários", finaliza.
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