Hoje é um dia especial para a minha cidade, Tubarão, 145 anos merecem um
reflexão sobre a sua importância na vida de quem nela nasceu, cresceu e dela
tirou o impulso para ficar ou sair a procura de novas oportunidades, como
aconteceu conosco, mas que não tivemos coragem de esquece-la. Hoje é um
daqueles dias que a gente pára, reflete e revive um filme estilo longa metragem
onde a sua infância e a mocidade são o roteiro, a família e os amigos os atores e atrizes, sem esquecer o cenário por onde
circulávamos com desenvoltura até os nossos 18 anos, Morro do Canudo, ruas
centrais da cidade, catedral antiga, campo do Grêmio Cidade Azul, onde fomos da
equipe juvenil, Catarinense de Praia Grande, Equipe do Móveis Viana, Juventus
da Tóca e outras equipes amadoras, sem esquecer a Escola Noé Abati, Escola
Hercílio Luz, Ginásio John Kennedy e Colégio Dehon, curso noturno e onde passamos um ano.
Após Rio de janeiro. Mas
voltando a nossa Tubarão, nos vem a mente os amigos do dia-a dia, em especial a
Tropa de Elite, Oto Miguel Pereira, Ivan, Manoel, João Colaço, Valdemar
Cachoeira, Tadeu Jair Pereira, Ivo Cardoso, Dilney, os saudosos Moacir Artimimo
e Nazareno Caminhão, essa turma estava sempre lado a lado nos bailes, festas e
sempre dando em cima das garotas, sem citar nomes para não comprometer ninguém.
Não podemos esquecer as guerras do futebol onde o Ferro Luz era assunto para um
mês inteiro no centro da cidade e em Oficinas, os Cines Vitória e São José,
onde nas terças e quartas feiras apresentavam a sessão das moças e nós lá estávamos
para azarar as meninas, às vezes dava certo, outras não, mas era muito divertido
aqueles anos em que vivemos na cidade azul, tempo até hoje inesquecível.
Depois veio a enchente em 1974 e destruiu fisicamente a cidade
que está guardada na minha mente e onde fui criado e educado num regime rígido,
mas cheio de amor proporcionado pelos meus pais Maria e Lucas ao lado de 12
irmãos, (dos quais alguns já estão morando em outro plano de Deus) e próximo de
dezenas de primos, tios, parentes das famílias Rufino e Plácido, espalhados
pelos bairros Passo do Gado e Campestre e muitos colegas de escola, futebol e trabalho. Esse
Tubarão não existe mais, porém a sua essência e vigor foi fundamental para o ressurgimento
e crescimento de um novo Tubarão que vem crescendo e se desenvolvendo politica e economicamente como uma grande metrópole, que já é e, hoje dia 27 de maio completando seus 145 anos, consequentemente, merecedor dos nossos mais sinceros votos de parabéns.
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