Em anexo material acerca da posição da Defesa Civil, através das Coordenadorias
Regionais de Criciúma e Tubarão, pela interdição da Rodovia Serra Mar em
Orleans, devido a situação de alto risco para os usuários da rodovia, que podem
ser atingidos, a qualquer momento, por deslizamento de terra ou rocha.
O
local é instável, não oferece segurança aos usuários. O DEINFRA já realizou a
interdição com barreiras, mas populares desobstruíram a rodovia para continuar
o tráfego.
É
preciso consciência da população para que não transitem no local e entendam a
orientação da Defesa Civil acerca do risco eminente. Revela Rosinei
da Silveira sobre a necessidade de uma cultura de percepção de risco.
Município:
Pedras Grandes e Orleans
Equipe:
Anderson
Martins Cardoso - Coordenadoria Regional
da Defesa Civil Tubarão
Rosinei
da Siveira - Coordenadoria Regional da Defesa Civil Criciúma
Geologa
Eliane dos Santos – AMUREL
Ação:
Vistoria em área taludada na SC 390
Município:
Pedras Grandes e Orleans
Equipe:
Anderson
Martins Cardoso - Coordenadoria Regional
da Defesa Civil Tubarão
Rosinei
da Siveira - Coordenadoria Regional da Defesa Civil Criciúma
Geologa
Eliane dos Santos – AMUREL
Em
16.10.2015, por solicitação Da AMUREL e do Coordenador Regional de Defesa
Civil, Anderson Martins Cardoso, foi agendada vistoria na área localizada na SC
390, entre os municípios de Pedras Grandes e Orleans para verificar os
deslizamentos em taludes que foram implantados em um corte de estrada quando da
construção da SC 390.
Foram
identificadas várias feições de instabilidade nos taludes tais como: erosão
pronunciada da frente dos taludes provocada pela falta de cobertura vegetal e
também devido ao ângulo de inclinação dos taludes, assoreamento das canaletas
devido a condução de material alterado com a água pluvial nas calhas mal
dimensionadas entre os taludes e as bermas, intersecção das calhas devido ao
assoreamento e espalhamento do material alterado sobre as bermas, instalação de
poucas estruturas de dissipação que cumprem a função de diminuir a velocidade
de escoamento das águas pluviais na frente do talude.
A
ocorrência de rochas de competência diferente, como o granito que forma os
primeiros taludes, com a rocha diabásio, presente no ultimo talude na porção
superior, gera uma instabilidade e ponto de fraqueza em parte da estrutura. O
diabásio, por ser fraturado, favorece uma maior infiltração da água pluvial. Em
períodos de chuva intensa e contínua, como o que ocorre no momento, esta água
desagrega os blocos soltando-os. Estes ao perder a frágil estabilidade,
deslizam por gravidade para os patamares inferiores arrastando parte do
material granítico desagregado e parte da vegetação das cotas superiores.
A
perda da estabilidade é contínua e agravada pelo aporte constante de água na
frente do talude, pois as canaletas implantadas na porção superior do talude na
área de mato, não exercem a função de escoar a água e conduzi-la para pontos
mais baixos de maneira segura. Estas canaletas não são profundas o suficiente
para escoar a água, e em muitos trechos
estão interrompidas e assoreadas por material
e também por vegetação foliar. Estas calhas também não foram
impermeabilizadas de modo a garantir que não ocorra infiltração.
Foram
identificadas na área da mata e também em alguns taludes rachaduras
demonstrando que ocorre movimentação do terreno natural e também no terreno com
reconformação de relevo (taludes e bermas). Estas rachaduras tendem a aumentar
instabilizando aquela porção do terreno onde se instalaram até o desprendimento
total da massa rochosa que irá deslizar por gravidade.
Ação:
Vistoria em área taludada na SC 390 - Pedras Grandes e Orleans
Equipe:
Anderson Martins Cardoso - Coordenadoria
Regional da Defesa Civil Tubarão
Rosinei
da Siveira - Coordenadoria Regional da Defesa Civil Criciúma, Geologa Eliane
dos Santos – AMUREL
DESCOBRINDO
NOVO OLHAR: A CULTURA DE PERCEPÇÃODE
RISCOS POR UMA NOVA INTERVENÇÃO NO PLANETA
Caro
Leitor! Estamos vivendo um momento em que se faz necessário cada
vez
mais uma mobilização em prol de uma
mudança de percepção: de uma cultura
centrada
na resposta aos desastres, para uma cultura de prevenção.
O
momento histórico de nossa humanidade nos clama a uma descoberta deum
novo olhar sobre nossas relações com o meio em que vivemos, com a natureza, com
a ocupação do espaço, com as pessoas que vivemos, principalmente nas relações
que imprimimos na urbanização e usufruto do solo. É perceptível que nosso
planeta vem experimentando uma situação sofrível, provocada por um modelo de
desenvolvimento adotado pelos Estados que vem provocando a devastação da
natureza e o consumo desenfreado.
A Terra está dando seu grito, como é
perceptível nos últimos eventos registrados
por tempestades, furacões,
enchentes, tsunamis, terremotos,
estiagens, inundações, deslizamentos, incêndios, ondas de calor e de
frio, entre outros. E este grito da Terra vem provocando medo e destruição
deixando vidas humanas em condições cada vez mais desfavoráveis ao seu pleno
viver. Então, diante dos mais variáveis registros de catástrofes, em cenários
muitas vezes já vulneráveis, o
momento nos conduz
a acreditar que
o problema central encontra-se em
duas percepções: as
constantes mudanças climáticas
e os padrões insustentáveis de
produção econômica. O tempo urge e se faz necessário mudanças no nosso viver e pensar. Faz-se necessário uma
verdadeira transformação ética, no sentido de registrar que todos temos
responsabilidades, diante de tanta perda de vidas humanas
e de recursos ambientais. Está mais do que
na hora
de promovermos uma cultura de
prevenção, criando ações para diminuir as vulnerabilidades de cenários
quando da ocorrência de desastres. E esta mitigação das ameaças e das
vulnerabilidades em um cenário consiste numa
intervenção humana consciente.
Isto é possível,
principalmente quando as comunidades são invocadas ao mundo do
conhecimento e à cultura de um sistema de alertas. Assim, promovermos uma
cultura de percepção de riscos é invertermos a reta que indica que o planeta
está se encaminhando para um colapso. Pessoas mais conscientes de sua vivência
e ambiência, são sujeitos de uma nova interferência humana no planeta, aquela
em que se orienta pela preservação da vida humana. Por isso é que esta cultura
vem nos traz a mensagem de que a percepção de riscos caracteriza-se por uma
mudança de olhar sobre o planeta, é uma garantia de vida e sustentabilidade,
que deve ter em seu bojo a noção de viabilidade política aos Estados e educação
em massa às comunidades.
Refletimos
todos juntos sobre nossa existência, experiência e que tipo de ambiente
desejamos para nós e para os filhos de nossos filhos! Fiquem atentos! Viver ainda
é possível
RELATÓRIO
SITUACIONAL – COREDEC CRICIÚMA
Acerca
da situação da Rodovia SC 390, trecho localizado no município de Orleans, entre
as localidades de Pindotiba, Santa Clara e 92, Temos a informar o seguinte:Em
16 de outubro de 2015, acompanhamos o Coordenador Regional da Defesa Civil de
Tubarão, Anderson Martins, e a Geóloga Eliane Dos Santos, no intuito de
vistoriar área taludada na SC 390, conhecida como “Rodovia Serra Mar”, no
município de Orleans, localidade de 92 e Santa Clara.
Na
oportunidade, foram identificados muitos sinais de instabilidade do terreno,
provocados por extração da vegetação, canaletas com dimensões insuficientes
para a drenagem necessária no local, assoreamento destas canaletas, alta
declividade dos taludes, movimentação do terreno na área coberta por vegetação,
e instabilidade provocada pelo encontro de duas rochas diferentes, diabásio e
granito, conforme relatório de vistoria técnica de geologia, em anexo.
Da
referida vistoria resultou a indicação da Geóloga Eliane dos Santos, CREA
014675-0, para a interdição da Rodovia SC 390, “como medida urgente e
necessária”, conforme relatório em anexo, até que se concluam as obras de
recuperação e estabilização do terreno. Em
22 de outubro de 2015, novamente comparecemos no local indicado acima, depois
de recebermos notícias de deslizamento de terra e interrupção do tráfego na SC
390, em Orleans/SC, o que se confirmou (fotos em anexo). Na oportunidade,
conhecemos um segundo ponto de deslizamento de terra e rocha, desta vez na
localidade de Pindotiba, próximo do local indicado acima, ainda no município de
Orleans/SC (fotos em anexo).
Fatos que confirmam a indicação de perigo por
risco de deslizamento de terra e rocha, o que tende a provocar algum acidente
ou desastre com os usuários da via. Constatamos que a Prefeitura Municipal fez
a limpeza nos locais retirando terra e rocha e abrindo o tráfego. Contatamos o
Secretário de Infraestrutura do Município, o Coordenador Municipal da Defesa
Civil e o Prefeito Municipal, quando relatamos a situação de alto risco no
local, a avaliação da Geóloga, a constatação do novo ponto de risco (Pindotiba)
e a indicação para interdição da via. Diante de tudo que observamos e
avaliamos, manifestamo-nos À FAVOR DA INDICAÇÃO DA GEÓLOGA PELA INTERDIÇÃO DA
RODOVIA SC 390, Rodovia “Serra Mar”, nos pontos entre Pindotiba, Santa Clara e
92, município de Orleans, interrompendo o tráfego no local a fim de garantir a
segurança dos usuários, até que os responsáveis possam realizar as obras de
estabilização do terreno nos locais indicados neste relatório e eliminando as
situações de risco já relatadas. Como o DEINFRA, órgão gestor da obra não se
manifestou pelos contatos realizados, a Prefeitura Municipal de Orleans ficou
de providenciar as medidas necessárias para a sinalização na via e interdição
do tráfego pelo local. Segue relatório fotográfico da situação descrita: Vistoria
em 16-10-2015, com a presença da Geóloga Eliane Dos Santos: Em 22 de outubro de
2015, após os deslizamentos: Localidade de Pindotiba/Orleans-SC. Localidades de
92 e Santa Clara/Orleans-SC:
DESCOBRINDO NOVO OLHAR: A CULTURA DE PERCEPÇÃO
DE RISCOS POR UMA NOVA INTERVENÇÃO NO PLANETA
Estamos vivendo um momento em que
se faz necessário cada vez mais uma mobilização em prol de uma mudança de percepção: de uma cultura
centrada na resposta aos desastres, para uma cultura de prevenção.
O momento histórico de nossa humanidade nos
clama a uma descoberta de um novo olhar sobre nossas relações com o meio em que
vivemos, com a natureza, com a ocupação do espaço, com as pessoas que vivemos,
principalmente nas relações que imprimimos na urbanização e usufruto do solo. É
perceptível que nosso planeta vem experimentando uma situação sofrível,
provocada por um modelo de desenvolvimento adotado pelos Estados que vem
provocando a devastação da natureza e o consumo desenfreado. A Terra está dando
seu grito, como é perceptível nos últimos eventos registrados por tempestades,
furacões, enchentes, tsunamis, terremotos, estiagens, inundações,
deslizamentos, incêndios, ondas de calor e de frio, entre outros. E este grito
da Terra vem provocando medo e destruição deixando vidas humanas em condições
cada vez mais desfavoráveis ao seu pleno viver. Então, diante dos mais
variáveis registros de catástrofes, em cenários muitas vezes já vulneráveis, o
momento nos conduz a acreditar que o problema central encontra-se em duas
percepções: as constantes mudanças climáticas e os padrões insustentáveis de
produção econômica. O tempo urge e se faz necessárias mudanças no nosso viver e
pensar. Faz-se necessário uma verdadeira transformação ética, no sentido de
registrar que todos nós temos responsabilidades, diante de tanta perda de vidas
humanas e de recursos ambientais. Está mais do que na hora de promovermos uma
cultura de prevenção, criando ações para diminuir as vulnerabilidades de
cenários quando da ocorrência de desastres. E esta mitigação das ameaças e das
vulnerabilidades em um cenário consiste numa intervenção humana consciente.
Isto é possível, principalmente quando as comunidades são invocadas ao mundo do
conhecimento e à cultura de um sistema de alertas.
Assim, promovermos uma
cultura de percepção de riscos é invertermos a reta que indica que o planeta
está se encaminhando para um colapso. Pessoas mais conscientes de sua vivência
e ambiência, são sujeitos de uma nova interferência humana no planeta, aquela
em que se orienta pela preservação da vida humana. Por isso é que esta cultura
vem nos traz a mensagem de que a percepção de riscos caracteriza-se por uma
mudança de olhar sobre o planeta, é uma garantia de vida e sustentabilidade,
que deve ter em seu bojo a noção de viabilidade política aos Estados e educação
em massa às comunidades.
Refletimos todos juntos sobre nossa existência,
experiência e que tipo de ambiente desejamos para nós e para os filhos de
nossos filhos! Fiquem atentos! Viver ainda é possível.
Prof.
Rosinei Da Silveira, Ms (c). Agente de Polícia Civil - Coordenador Regional da
Defesa Civil/Região de Criciúma-SC
Arquivo Digital: Luiz Fernando Plácido da Silveira.
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