O atracadouro para o embarque dos gigantes maquinários já está pronto no
canteiro de obras da Ponte Anita Garibaldi, as balsas que transportavam homens,
armações e caminhões com cimento vai dar lugar para hélices da construção do
primeiro parque eólico de Laguna.
Como
transportar hélices com 80 metros e geradores com maior rapidez e sem maiores
congestionamentos no trânsito ? A solução veio da lagoa, mais precisamente da
navegabilidade da lagoa Santo Antônio dos Anjos, em Laguna. O atracadouro para
o embarque dos gigantes maquinários já está pronto no canteiro de obras da
Ponte Anita Garibaldi, as balsas que transportavam homens, armações e caminhões
com cimentos vai dar lugar para hélices da construção do primeiro parque eólico
de Laguna.
Da
margem norte, os equipamentos irão chegar até a região ao sul do município,
Madre e Ilhas, um trajeto de aproximadamente uma hora. Por caminhão, as hélices
irão chegar pelo porto de Imbituba e seguir pela BR-101.
Nesta
quarta-feira, dia 19, o prefeito Everaldo dos Santos, acompanhado do diretor
Leo Fredi Riffel, da Consult Engenharia, de Porto Alegre (RS), responsável pelo
projeto para instalação de cinco parques eólicos em Laguna estiveram visitando
o local, no bairro Mato Alto, na SC-436. O canteiro fica à 800 metros da
entrada da cidade pela rodovia federal.
O
engenheiro José Alencar, da construtora Camargo Correa, estava presente
explicando o funcionamento do local. A empresa já desmontou 60% do canteiro,
após a finalização das obras da ponte Anita Garibaldi. A área pertence ao
empresário Carlos Gonçalves.
Segundo
o engenheiro da Consul Engenharia, Leo Riffell, o local é o mais apropriado.
"Vai facilitar o translado das hélices", explicou.
O
prefeito Everaldo dos Santos está empolgado com o dinamismo do empreendimento.
“A região irá receber um impulsionamento econômico”, salientou.
Parque
eólico
O
diretor Leo Riffel explica que há pelo menos cinco anos desenvolve estudos e
medições do vento. A expectativa é instalar aproximadamente 70 torres em
diversas áreas arrendadas.
O
investimento previsto é em torno de R$ 800 milhões, com potencial de 700 MW por
ano, o que corresponde a uma cidade com 1,2 milhão de pessoas.
Riffel
explica que exigências e etapas devem ser cumpridas em um tempo mínimo de três
anos para medição dos ventos na região, além do projeto de engenharia, licenças
ambientais e questões fundiárias. A expectativa é participar do leilão de
energias da Aneel em novembro e colocar o parque em operação no segundo
semestre de 2017.
Laguna
apresenta o melhor potencial eólico de Santa Catarina. O vento tem uma boa
velocidade. Além disso, tem outras características positivas: o Porto de
Imbituba próximo, a BR-101 praticamente duplicada, que facilitaria o transporte
dos geradores.
São
materiais de grande porte e que necessitam de um transporte especial. Também
por ter próximo a Laguna uma facilidade de conexão ao Sistema Interligado
Nacional de energia elétrica.
Existem
diversas linhas de transmissão e subestações próximas à cidade. Então, não
existe a necessidade de se construir uma longa linha de transmissão quando o
empreendimento for construído. -
Como
funciona uma turbina eólica?
A
energia eólica envolve a conversão de energia eólica em eletricidade por meio
de turbinas eólicas. Uma turbina de vento é composta por três lâminas feitas de
hélices chamada um rotor. O rotor está conectado a uma torre alta. Em torres
eólicas médias são cerca de 20 m de altura. A razão pela qual a torre é tão
alto porque os ventos mais fortes são mais elevados do nível solo. Vento é
formado a partir de alterações atmosféricas, mudanças na temperatura e pressão
fazendo com que o movimento de ar em torno da superfície da terra, todos os
quais são acionados pelo sol.
Uma
turbina eólica capta o vento para produzir energia. O vento faz com que a
rotação do rotor e, como o rotor gira, o movimento das lâminas giratórias dá
energia a um gerador que produz energia.
Fonte:
Celso Fernandes (8846-8272)
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