Amurel
tem pontos impróprios para banho
O
segundo relatório de monitoramento das praias da temporada de verão
2016-2017, divulgado na sexta-feira pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma),
aponta dois pontos impróprios para banho na região da Amurel. A Prainha
do Farol (na entrada da praia), em Laguna, que esteve boa parte do ano
passado nessa condição, segue imprópria para banho na análise da Fatma. O
outro local é a Praia do Porto (à esquerda do molhe central), em Imbituba.
Jaguaruna não apresenta pontos impróprios para banho. Santa Catarina
continua com 79,4% dos 214 pontos analisados próprios para banho. Na capital,
68% (51) dos locais avaliados estão aptos para os banhistas. No restante do
litoral, 87,5% (119) estão próprios para banho. O relatório completo também
pode ser conferido no site da Fatma e no aplicativo Praias SC, disponível
para Android.Os números se mantiveram os mesmos porque nove pontos se
tornaram próprios e a mesma quantidade, em outros locais, se tornou
imprópria. A grande alteração foi em Florianópolis, onde sete pontos se
tornaram inaptos para banho e um local se tornou próprio. “O ciclone e as
chuvas do fim de semana que atingiram diretamente a capital interferem no
resultado. As chuvas levam a sujeira das ruas direto para o mar”, explica o
técnico de laboratório Marlon Daniel da Silva. Para dizer se um ponto é
próprio ou impróprio para banho, a Fatma analisa a presença da bactéria
Escherichia coli, presente em fezes de animais e humanos. Fonte: DS.
Capivari:
câmara tem nova mesa diretora
Com
o afastamento de cinco vereadores da Câmara de Capivari de Baixo, quatro
deles presos, o Legislativo da cidade tem nova mesa diretora para a sessão de
segunda-feira. Em reunião na manhã de sexta-feira, os seis vereadores que
seguem no cargo escolheram os novos comandantes. De acordo com o vereador e
segundo-secretário da mesa, Elto Aguiar Ramos (PP), conforme o regimento
interno da Câmara, com o afastamento do presidente, do vice e do
primeiro-secretário, coube ao edil dar seguimento aos trabalhos. “Visando a
organizar os trabalhos o mais rápido possível, nos reunimos com os demais
para analisar o que seria feito”, fala o vereador. Assim, na manhã de sexta-feira, Elto e os demais vereadores realizaram
votação e a nova mesa diretora está composta pelo presidente Arlei da Silva
(PPS), o vice-presidente Fernando Oliveira da Silva (PSB), o primeiro-secretário
José Nazareno Correa (PT) e Elton permanecendo como segundo-secretário. “Temos vários compromissos para
serem honrados. Com a mesa composta e quórum para realizar sessão, na
segunda-feira vamos continuar nosso trabalho, como a votação da Lei
Orçamentária Anual (LOA)”, informa o vereador. Sobre o futuro da composição
do Legislativo para as últimas sessões, se os suplentes assumem ou não as
vagas dos vereadores afastados, Elto diz que ficará a cargo do novo
presidente resolver a situação. Investigações prosseguem.
As investigações, que renderam duas operações com apoio do Gaeco esta semana
no Legislativo, sendo elas na terça e quinta-feira, além da prisão de cinco
vereadores e afastamento do cargo – um deles liberado –, prosseguem. Na sexta-feira,
a Promotoria da cidade seguia com depoimentos e ressaltou que os trabalhos
continuam na próxima semana. Todos
os presos foram levados ao presídio por mandado de prisão temporária, que
poderia ser estendida. Um deles, preso na terça-feira e que deve seguir
recluso até este sábado, através de seu advogado de defesa tentava revogação
do decreto prisional, mas até o fechamento desta edição não tinha resultado
favorável divulgado. Os demais presos devem ficar no presídio até
segunda-feira. A Promotoria apura indícios de que havia alguns edis que
exigiam, mensalmente, parte do salário dos seus assessores, ocupantes de
cargos em comissão. Estes não exerciam efetivamente nenhum trabalho na Câmara
e desenvolveriam atividades particulares, no horário em que deveriam prestar
serviço no Poder Legislativo. Fonte: DS.
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Unisul: nova sede abrirá no 2º semestre
As
aulas da nova unidade da Unisul em Braço do Norte iniciam no segundo semestre
de 2017. O contrato da parceria que vai viabilizar a construção do centro de
ensino superior foi assinado entre a instituição e a Weber Empreendimentos na
quinta-feira, na sede da Acivale, em Braço do Norte. Com o investimento
de R$ 25 milhões aportados pela parceria, a unidade terá 10 mil metros
quadrados de área construída, com 26 salas de aula, auditório para até 130
pessoas, lojas, escritórios, serviços aos acadêmicos e comunidade. Alguns
espaços serão a céu aberto. As aulas poderão ser ministradas com auxílio de
projeção. O prédio será suficiente para atender inicialmente 2 mil alunos, mas
tem capacidade para ser ampliado em mais 20 mil metros quadrados.“A comunidade
desta região precisa ter a compreensão do que significa esse espaço. Ao
perceber a relevância desse empreendimento e chamar como ‘nossa universidade’,
vai gerar um impacto de transformação nas famílias dos estudantes e em toda a
sociedade”, diz o reitor Salésio Herdt.“As raízes em Braço do Norte de toda a
família motivam a Weber neste primeiro empreendimento na cidade”, expressou o
diretor da empresa, Fernando Weber. A unidade universitária ficará ao lado da
sede da empresa, no bairro Rio Bonito, às margens da SC-370. “Este projeto vai
deixar um legado para nossos filhos e as futuras gerações”, diz. Fonte: DS.
Renan,
Jucá e Eunício atuaram pela Odebrecht em troca de doação, diz delator.
Senadores
negaram informações dadas por ex-diretor da empreiteira em documento entregue dentro
do acordo de delação premiada. Ex-diretor da Odebrecht diz como era repasse de
propina ao PMDB no Senado. Em relato prestado aos investigadores da Lava Jato,
o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho,
detalhou como repassava propina ao PMDB no Senado em troca de apoio a propostas
de legislação de interesse da empresa. Cláudio afirma que o “núcleo dominante”
no Senado tem a cúpula formada por Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e
Eunício Oliveira (CE).
Veja
apelidos que políticos tinham dentro da Odebrecht, segundo delator.
Em
relato ao Ministério Público Federal, ex-executivo da empreiteira relatou
pagamentos de propina e expôs por quais apelidos os políticos eram chamados. Ex-executivo
da Odebrecht conta os apelidos de cada político envolvido no esquema Nas
oitenta e duas páginas entregues ao Ministério Público Federal, o
ex-vice-presidente institucional da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, contou às
autoridades da Operação Lava Jato como a empresa fazia doações de caixa dois a
políticos e acabou revelando os apelidos pelos quais eles eram chamados dentro
da empreiteira. As inspirações são as mais diferentes. O senador Romero Jucá
(PMDB-RR), era conhecido como "Caju". O deputado José Carlos Aleluia
(DEM-BA), era o "Missa". O senador José Agripino (DEM-RN), era o
"Pino" ou "Gripado", em alusões ao sobrenome.Os times de
coração foram lembrados para os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamado de
"Botafogo", e Marco Maia (PT-RS), o "Gremista". Outros
apelidos são curiosos, como o do senador, Renan Calheiros (PMDB-AL), o
"Justiça", dos ministros Eliseu Padilha, o "Primo", e
Moreira Franco, o "Angorá", todos do PMDB. O senador Ciro Nogueira
(PP-PI) era o "Cerrado". O ex-senador pelo PTB, Gim Argello, era
conhecido como "Campari". O ex- senador pelo PT, Delcídio do Amaral,
era o "Ferrari". Tem ainda os ex-ministros Jaques Wagner, do PT,
chamado de "Pólo" e Geddel vieira lima, do PMDB, o "Babel".
A lista da Câmara dos Deputados é variada. O deputado cassado, Eduardo Cunha,
do PMDB, era o "Caranguejo". O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) era
conhecido como o "Corredor". Antônio Brito (PSD) tinha o apelido de
"Misericórdia". Arthur Maia (PPS) era o "Tuca". E tem ainda
o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o "Boca Mole". E o ex-deputado
pelo PL Inaldo Leitão, conhecido como o "todo feio".
Delação
de ex-diretor da Odebrecht atinge Temer e cúpula do PMDB
Cláudio
Melo Filho disse que o presidente pediu, em 2014, R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo
Odebrecht. Presidência disse repudiar delação.Delator da Odebrecht cita Michel
Temer e outros políticos em delação. No acordo de delação premiada, o
ex-diretor de relações institucionais da Odebrechet Cláudio Melo Filho dedica
um capítulo ao relacionamento que tinha com o presidente Michel Temer. Os
relatos fazem parte de um depoimento de 82 páginas que ele deu ao Ministério
Público, no qual fala sobre doações da empresa a políticos. A informação de que
Temer solicitou dinheiro à Odebrecht está em material entregue pelo executivo
nos termos de confidencialidade – espécie de pré-delação que antecede a
assinatura do acordo. Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (9), o
Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer "repudia com
veemência" o conteúdo da delação de Melo Filho. "O presidente Michel
Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho.
As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por
transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em
dinheiro a pedido do presidente.", diz o texto da nota. O ex-diretor
afirmou que Temer atuava de forma "muito mais indireta, não sendo seu
papel,em regra, pedir contribuições financeiras para o partido, embora isso
tenha ocorrido de maneira relevante no ano de 2014". No entanto, segundo
Cláudio , ao menos uma vez Temer pediu doações pessoalmente. Foi durante um
jantar no palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da
República. Também estavam presentes, segundo ele, o empreiteiro Marcelo
Odebrecht e o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Cláudio disse:
"eu participei de um jantar no Jaburu juntamente com Marcelo Odebrecht,
Michel Temer e Eliseu Padilha, atual ministro da Casa Civil. Michel Temer
solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as
campanhas do PMDB em 2014". O delator afirma ainda que ele e Odebrecht
foram recebidos no palácio por Padilha e, como Temer ainda não tinha chegado,
ficaram os três "conversando amenidades em uma sala à direita de quem
entra na residência pela entrada principal". "Após a chegada de
Michel Temer, sentamos na varanda em cadeiras de couro preto, com estrutura de
alumínio", completou. Melo Filho também disse que, no jantar, Marcelo
Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 10 milhões. Ele afirmou ainda que o local
escolhido para o encontro foi "claramente" uma opção para dar mais
"impacto" ao pedido de Temer. "Acredito que, considerando a
importância do PMDB e a condição de possuir o vice-presidente da República como
presidente do referido partido político, Marcelo Odebrecht definiu que seria
feito pagamento no valor de R$ 10 milhões. Claramente, o local escolhido para a
reunião foi uma opção simbólica voltada a dar mais peso ao pedido de repasse
financeiro que foi feito naquela ocasião", afirmou o delator ao Ministério
Público. "Inclusive, houve troca de e-mails nos quais Marcelo se referiu à
ajuda definida no jantar, fazendo referência a Temer como "MT",
completou. O ex-diretor disse que, do total de R$ 10 milhões prometido por
Marcelo Odebrecht em atendimento ao pedido de Michel Temer, Eliseu Padilha
ficou responsável por receber e alocar R$ 4 milhões. "Compreendi que os
outros R$ 6 milhões, por decisão de Marcelo Odebrecht, seriam alocados para o
Paulo Skaf, na época candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB",
explicou Melo Filho. Procurado pela reportagem, o presidente da Fiesp, Paulo
Skaf, disse que nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição
de campanha que não fosse regularmente declarada em suas prestações de contas
eafirmou que todas elas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Ainda segundo o
delator, os R$ 4 milhões foram destinados a Padilha, sendo que um dos endereços
para entrega foi o escritório de advocacia de José Yunes, hoje assessor
especial da Presidência da República, o que deixa a entender que o repasse foi
em dinheiro vivo. Melo Filho conta que também levou a Temer recado de Marcelo
Odebrecht sobre um questionamento feito ao empreiteiro pela então presidente da
Petrobras, Maria das Graças Foster. O delator contou que o recado de Odebrecht
para Temer era que Graça Foster havia perguntado sobre a existência de
pagamentos da empreiteira a nomes do PMDB durante a campanha eleitoral de 2010.
Para fazer chegar a Temer seus pleitos, Melo Filho afirma que se valia de
Eliseu Padilha ou Moreira Franco, atual secretário no Planalto, que o
representavam. Essa era uma via de mão dupla, pois, segundo Melo Filho, Temer
também utilizava seus prepostos para atingir interesses pessoais, como no caso
dos pagamentos operacionalizados via Eliseu. "Para fazer chegar a Michel
Temer os meus pleitos, eu me valia de Eliseu Padilha ou Moreira Franco, que o
representavam. Essa era uma via de mão dupla, pois o atual presidente da
República também utilizava seus prepostos para atingir interesses pessoais,
como no caso dos pagamentos que participei, operacionalizado via Eliseu
Padilha", afirmou o delator. Cláudio deu um exemplo de contrapartida:
"Michel Temer, em uma oportunidade, esteve disponível para ouvir tema de
interesse da Odebrecht. Este foi o caso de uma viagem institucional que seria
realizada por Michel Temer a Portugal, país em que a Odebrecht tem atuação.
Entreguei nota a Michel Temer sobre a atuação da companhia em Portugal. Esse
exemplo deixa claro a espécie de contrapartida institucional esperada entre
público e privado", explica Melo Filho. Trâmite
- Agora, Cláudio Melo Filho detalhará o que contou, nos próximos dias, na
delação premiada propriamente dita. Todos os depoimentos dos 77 executivos da
Odebrecht que assinaram a delação serão tomados pela Procuradoria-Geral da
República. Devem ir para a homologação pelo ministro Teori Zavascki, no Supremo
Tribunal Federal, depois do recesso, a partir de fevereiro ou março do ano que
vem.
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Padilha
concentrava arrecadações do PMDB na Câmara, diz delator
Segundo
Cláudio Melo, Temer e Moreira Franco também comandavam núcleo do PMDB na
Câmara. Os três negam afirmações de ex-diretor da Odebrecht. Delator da
Odebrecht fala sobre relação entre a empreiteira e a Câmara Federal Nas
negociações para o acordo de delação premiada, o ex-diretor de relações
institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho afirma que o núcleo político
organizado do PMDB na Câmara era historicamente liderado pelo presidente Michel
Temer, quando ainda era deputado federal. Esse núcleo era formado também por
Eliseu Padilha, hoje ministro-chefe da Casa Civil e Moreira Franco, outro com
cargo de destaque no Palácio do Planalto. “Pelo que pude perceber ao longo dos
anos, a pessoa mais destacada desse grupo para falar com agentes privados e
centralizar as arrecadações financeiras é Eliseu Padilha, conhecido pelo
codinome ‘primo’”, disse Cláudio nos termos de confidencialidade – espécie de
pré-delação que antecede a assinatura do acordo com o Ministério Público
Federal (MPF). “Ele atua como verdadeiro preposto de Michel Temer e deixa claro
que muitas vezes fala em seu nome. Eliseu Padilha concentra as arrecadações
financeiras desse núcleo político do PMDB para posteriores repasses internos”,
afirmou. Eliseu padilha disse que a acusação é mentirosa e que não foi
candidato em 2014. O ministro afirmou que nunca tratou de arrecadação para
deputados ou para quem quer que seja. Cláudio Melo Filho também disse às
autoridades que Geddel Vieira Lima, de codinome “babel”, ex-secretário de
governo de Temer, “também possui influência dentro do grupo, interagindo com
agentes privados para atender seus pleitos em troca de pagamentos”. O
ex-diretor falou que na ocasião do aniversário de cinquenta anos de Geddel, em
março de 2009, “demos, em nome da Odebrecht, um presente relevante a ele.
Compramos um relógio Patek-Philippe, modelo Calatrava, que foi enviado
juntamente com um cartão assinado por Emílio Odebrecht, Marcelo Odebrecht e
eu”. Cláudio anexou a foto do relógio ao acordo de delação. Ele falou também
das reclamações de Geddel. “Apesar dos pagamentos frequentes, sempre me disse
que poderíamos ser mais generosos com ele. Geddel sempre me dizia que se
considerava um ‘amigo da empresa’ e que isso precisava ser mais bem refletido
financeiramente”, afirmou. Cláudio diz que em 2006, a pedido de Geddel, foram
realizados pagamentos por meio de contribuições oficiais e também pagamentos
não declarados via caixa dois. “Os pagamentos realizados atingiram R$ 1 milhão
aproximadamente”, disse. “Durante a disputa de Geddel ao cargo de governador da
Bahia na campanha de 2010, a pedido de Geddel, solicitei e ocorreu um pagamento
entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão”. Geddel Vieira Lima informou que estranha
qualquer citação do nome dele nessa delação e que as doações da Odebrecht foram
declaradas na Justiça Eleitoral. O ex-diretor também falou sobre a proximidade
com Moreira Franco, conhecido pelo codinome “angorá”. “Eu conheço Wellington
Moreira Franco há muitos anos, pois possuo parentesco distante com ele”,
afirmou. Cláudio lembra que, em algumas oportunidades, se reuniu com Moreira
Franco para tratar sobre temas afeitos à aviação civil. Na época, Moreira era
secretário da área. Cláudio conta ainda que acredita que há uma ação
orquestrada entre Moreira e Eliseu Padilha para captação de recursos para o seu
grupo do PMDB, porque Moreira solicitou apoio de contribuição financeira, mas
transferiu a responsabilidade pelo recebimento para Padilha. O ministro Moreira
Franco chamou de mentira o relato de Melo Filho e disse que jamais falou de
política ou de recursos para o PMDB com ele.
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Eduardo Cunha era conhecido como carangueijo.
O
ex-diretor da Odebrecht afirmou que de forma mais recente, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), de codinome “caranguejo”, ganhou bastante espaço dentro desse núcleo
do PMDB, muito em razão do poder que tinha de influenciar seus pares, o que era
uma poderosa moeda de troca na hora de negociar a sua atuação como parlamentar.
Cláudio apresentou uma planilha com 17 pagamentos para o ex-presidente da
Câmara, totalizando R$ 10,5 milhões. Também disse que, nas vezes em que se
reuniu com Cunha sobre assuntos legislativos de interesse da empresa, sabia que
os pagamentos feitos o “creditavam uma situação confortável e que seriam um
elemento de atendimento às questões da Odebrecht”. Uma das medidas provisórias
que atendeu aos interesses da Odebrecht é a 613, de 2013. O texto do governo
Dilma concedia desonerações tributárias aos produtores de etanol e à indústria
química e petroquímica, áreas que a Odebrecht também atua. Parlamentares do
PMDB ajudaram na aprovação da MP. Em e-mails a Marcelo Odebrecht, Cláudio
relata como estava a tramitação na Câmara e a ajuda que vinha recebendo de
parlamentares, entre eles Eduardo Cunha. Ele escreve "vencemos na
comissão. Pancadaria geral!!! Perdi uma emenda que atendia a Agro, uma empresa
da Odebrecht. Segue agora à tarde para plenário, devendo ser votada amanhã.
Seguindo para o Senado. Ontem o carang (caranguejo, o codinome de Cunha),
chegou em minha casa as 00h45... Pode imaginar isso!!!?? Dona Cláudia quase me
mata!!! Vamos em frente!!!” A defesa de Eduardo Cunha informou que só vai se
manifestar depois de ter acesso à delação e lembrou que essa peça deveria ter
seu sigilo resguardado pelo Ministério Público.
Ex-diretor
da Odebrecht relata pagamentos a Jaques Wagner e Rodrigo Maia.
Cláudio
Melo Filho citou ainda repasses para Marco Maia, José Agripino e ex-assessor de
Dilma; políticos negaram informações de delator. Delator revela como eram as
relações da Odebrecht com outros políticos Na pré-delação em que detalhou ao
Ministério Público Federal repasses para a cúpula do PMDB na Câmara e no
Senado, um deles a pedido de Michel Temer, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo
Filho também citou outros partidos. Cláudio relata que sempre foi o maior
defensor na empreiteira do ex-governador da Bahia e ministro do governo Dilma
Rousseff Jaques Wagner, do PT. Mas a imagem de Jaques dentro da companhia
despertava, inicialmente, certa desconfiança. “Durante almoço marcado por mim
num restaurante [...] em Brasília, Jaques Wagner solicitou apoio financeiro e
Marcelo (Odebrecht) concordou, embora tenha demonstrado incômodo por não
acreditar no sucesso de sua candidatura. Acredito que tenham ocorrido
pagamentos de até R$ 3 milhões de forma oficial e via caixa 2”, disse. Cláudio
Melo Filho afirmou que quando Wagner assumiu o governo, encaminhou a ele os
assuntos de interesse da empreiteira no polo petroquímico de Camaçari, que
Jaques Wagner ajudou a destravar. Ainda segundo Cláudio, o esquema se repetiu
na campanha seguinte. “A atenção demonstrada por Wagner aos temas que eram de
interesse da Odebrecht reforçou a sua imagem no grupo e qualificou-o como
beneficiário de melhores recebimentos financeiros. O próprio Jaques Wagner fez
questão de encaminhar esse pedido de apoio financeiro mais qualificado,
apoiando-se na cuidadosa atenção que demonstrou aos nossos pleitos ao longo do
seu primeiro mandato como governador da Bahia”, afirmou. Pelas contas de
Cláudio, Jaques Wagner levou R$ 7,5 milhões em dez parcelas, pagas entre agosto
de 2010 e março de 2011. O esquema voltaria a se repetir em 2014, dessa vez na
campanha de Rui Costa para o governo da Bahia, apoiado por Wagner. Cláudio
disse que não participou desses pagamentos, mas acredita que foram repassados
R$ 10 milhões. A empreiteira também deu presentes caros nos aniversários de
Jaques Wagner. Segundo Cláudio Melo, em 2012, por exemplo, Wagner ganhou um
relógio no valor de US$ 20 mil. No acordo de delação, há fotos desses
presentes. A produção do Jornal Hoje procurou a assessoria do ex-ministro, mas
não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.
Rodrigo
Maia - O
atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também é
citado pelo ex-diretor da Odebrecht. Ele conta que em 2013 pediu a Rodrigo Maia
que acompanhasse a tramitação de uma medida provisória que dava incentivos a
produtores de etanol e interessava a empreiteira. “Durante a fase final da
aprovação da MP 613, o deputado, a quem eu pedi apoio para acompanhar a
tramitação, aproveitou a oportunidade e alegou que ainda havia pendências da
campanha de prefeito do Rio de Janeiro em 2012. Solicitou-me uma contribuição e
decidi contribuir com o valor aproximado de R$ 100 mil, que foi pago no início
do mês de outubro de 2013”, afirmou. Claudio diz ainda que Maia era visto por
ele como ponto de interlocução dentro da Câmara na defesa dos interesses da
empresa. Também esclarece que o parlamentar já tinha recebido um pagamento em
2010. “Sei que o pagamento, no valor de R$ 500 mil, foi atendido”, disse. Nas
planilhas da Odebrecht, o codinome de Rodrigo Maia era “Botafogo”. Rodrigo
Maia, afirmou que todas as doações recebidas foram legais e declaradas ao TSE e
disse que nunca recebeu vantagem indevida para voltar qualquer matéria na Casa.
Marco
Maia - Sobre
o deputado federal Marco Maia (PT-RS), Cláudio contou que o conheceu em 2011,
quando era presidente da Câmara. E que, em 2014, o petista pediu recursos ao
ex-diretor para a campanha dele. “A referida solicitação foi autorizada por
Marcelo Odebrecht e transmitida por mim ao referido parlamentar. Foram
realizados, em 2014, dois pagamentos a Marco Maia no valor total de R$ 1,35
milhão”, disse. O codinome de Marco Maia era “gremista”. O G1 e a TV
Globo ainda não haviam conseguido contato com a assessoria de Marco Maia até a
última atualização desta reportagem.
José
Agripino - Cláudio
Melo Filho citou também o senador José Agripino (DEM-RN).
“Por
ocasião ainda da campanha de 2014, a pedido de Marcelo Odebrecht, comuniquei ao
senador que a companhia iria fazer um pagamento a ele no valor de R$ 1 milhão”
disse. “Destaco que o senador José Agripino não era candidato a cargo eletivo
nas eleições de 2014. Segundo me foi dito por Marcelo Odebrecht, esse valor
teria sido solicitado a ele pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) como uma forma
de apoio ao DEM, que era presidido à época pelo senador José Agripino”,
completou. Cláudio Melo explica o interesse em Agripino. “Quando a mídia
ventilou que (...) o senador José Agripino poderia ser postulante ao cargo de
ministro de Minas e Energia, estive com o parlamentar”, disse. No sistema da
Odebrecht, Agripino tinha o codinome “gripado”. O senador José Agripino afirmou
que desconhece e repele os fatos citados.
Ciro
Nogueira - O
ex-executivo da Odebrecht conta ainda que manteve diversos contatos com o
senador Ciro Nogueira (PP-PI) e que ele pediu contribuição financeira. “Sugeri
internamente a inclusão do nome do parlamentar para receber o valor de R$ 300
mil, o que foi aprovado. O pagamento foi operacionalizado pelo setor de
operações estruturadas, com o uso dos codinomes ‘helicóptero’ e ‘cerrado’”, disse.
Segundo Cláudio, no segundo semestre de 2014, Ciro Nogueira pediu apoio para a
campanha dos candidatos do PP. “A solicitação foi por mim encaminhada (...). O
valor de R$ 1,3 milhão. O valor foi pago em setembro de 2014 através da área de
operações estruturadas”, afirmou. O ex-executivo da Odebrecht explica que
tratou com Ciro assuntos públicos que eram do interesse da companhia. Entre
eles, um projeto de mobilidade urbana em Salvador e contratos de energia para o
Nordeste - previsto na MP 656. Cláudio melo afirma que a esposa do senador
também foi beneficiada. “No ano de 2014, atendendo a pedido do parlamentar,
recomendei internamente que a seguinte doação fosse realizada para a campanha
de sua esposa, Iracema Portella, que concorria ao cargo de deputada federal. A
doação foi efetuada no valor aproximado de R$ 500 mil”, disse. O senador Ciro
Nogueira disse que as doações recebidas pelo partido foram legais e sempre
devidamente declaradas à Justiça Federal.
Lúcio
Vieira Lima - O
delator afirma que o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), recebeu R$ 400 mil
em doação para a campanha e que o pagamento e o valor certamente possuem
relação com a sua “dedicação à aprovação da MP 613 de 2013”, que tratava de
diversos temas de interesse da Odebrecht. - O G1 e
a TV Globo ainda não haviam conseguido contato com a assessoria de Lúcio Vieira
Lima até a última atualização desta reportagem.
Heráclito
Fortes - Cláudio
disse que o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), então senador, que tinha o
codinome “boca mole”, recebeu R$ 200 mil em doações em 2010 e 2014. Afirmou que
em razão das fortes relações políticas que tem, Heráclito sempre ajudou na
análise dos principais temas políticos. Esse acervo político e as suas fortes
relações “justificavam que fossem realizados pagamentos a pretexto de
campanha”.
Delcídio
do Amaral - Segundo
Cláudio, o ex-senador pelo PT Delcídio do Amaral, de codinome “Ferrari”,
reclamou que não recebeu "atenção" depois da aprovação de um projeto
e que por isso ficou combinado que receberia R$ 500 mil que constava no esquema
de pagamento realizado em 16 de agosto de 2012.
Francisco
Dornelles - O
delator disse ainda que o atual vice-governador do Rio, Francisco Dornelles
(PP), que tinha o codinome "velhinho", recebeu R$ 200 mil. A
Odebrecht tinha interesse em uma emenda que mexia nas concorrências públicas.
Cláudio disse também que, quando era parlamentar, Francisco Dornelles tinha
influência nos temas tributários e que adotava postura favorável ao setor e aos
interesses da empresa.
Ex-assessor
de Dilma - Cláudio
Filho também citou Anderson Dornelles, que foi assessor da ex-presidente Dilma
Rousseff. Cláudio diz que foi apresentado a Anderson por Marcelo Odebrecht, em
meados de 2012, e que o presidente da empresa contou que mantinha contato com
Anderson porque ele trabalhava com Dilma e era responsável pela agenda de
trabalho dela. "Posteriormente à reunião, Marcelo me comunicou que recebeu
um pedido de apoio financeiro a Anderson, autorizando que se realizassem
pagamentos de R$ 50 mil em seu benefício", diz o delator. Claudio
apresentou aos investigadores planilhas com sete pagamentos feitos a Anderson
Dornelles, entre outubro de 2013 e julho de 2014, totalizando R$ 350 mil. Ele
afirmou ainda que o codinome de Anderson era "las vegas". O
ex-assessor da presidente Dilma, Anderson Dornelles, informou que nunca estive
em reunião na sede da Odebrecht. "Nunca solicitei ou recebi qualquer ajuda
financeira, nem tão pouco autorizei terceiro que o fizesse em meu nome. Informo
também que, em minhas funções nunca fui responsável pela agenda da ex
Presidente da República Dilma Rousseff", afirmou ele, por meio de nota à
imprensa. Fonte: G1.
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